20.12.10

Parei a mente, arranquei as palavras ao coração, acreditei...
Estou sentada sobre a raiz de uma árvore, sozinha com os meus pensamentos reflito. É tão bom ter um lugar onde ninguém me encontra, ninguém me julga ou mesmo ninguém me vê. Dado que uma história de amor ainda não me foi reservada, concentro as minhas forças a escrever a minha própria história, na esperança da mesma se concretizar. Penso que o provérbio tantas vezes ditado pelas bocas: "Deus escreve direito por linhas tortas", pode ser usado no meu caso.
Todos os dias dou por mim a ter pena de mim mesma , a chorar o passado ou a invejar o destino de outrém, sem nunca pensar em como mudar o meu ou escreve-lo correctamente. Porque o doce não existe sem o amargo!

13.12.10

FRENESI


"Eu não sei como querer-te
pra te ver mais minha ainda
és já minha e quero ver-te
mais unida a mim, oh linda!
Embora, tal como o vento,
de mim te sinto ao redor,
sempre me trazes sedento,
oh bella! do teu amor.
Tanto te quero, que quando
te vejo e miro e remiro,
penso que estás delirando
e ao respirar te respiro!
E ao pensar ver-te nos laços,
dos meus braços amadores,
receio que entre os meus braços
te desfizeras em flores.
E embora, feliz, te admire
a sorrir-me docemente
e o teu hálito respire,
e de ti já me alimente.
E se te sorvo no olhar
que sempre e mais te acarinha
há de me sempre faltar
maneira de te ver minha!
Quero-te, sim, não sei quanto!
Desejo-te ser sincero...
E quero-te tanto, tanto,
que não sei quanto te quero!"

Carta de amor escrita durante a guerra colonial. (Anónimo)

3.12.10

Razão, simples razão de viver.


Não existem palavras para descrever o que sinto quando subo ao palco das emoções e ofereço a minha voz ao mundo. Vivo seguindo a música, porque a música é uma boa razão pela qual viver.

Escolhi o meu caminho, e não o abandono por nada. Um enorme obrigada pelos que me carregam nos braços neste caminho difícil. Obrigada.

1.12.10

Acorrentada ??

São marcas de uma história as memórias. Vivencio dia após dia na expectativa de percorrer as passadas correctas. Serei livre? Crio as minhas próprias falas sem medos, caminho vivamente na estrada da vida, destemida. Sou mestre de mim mesma! Mas como saber se está certo? Como ter certezas de que o mundo cruel não me prega mais uma partida enquanto sorrio?
Perdi-me! Perdi-me na hipótese do saber. Busco constantemente as respostas às minhas perguntas, que não vivo. Acorrentada eu estou (...) Escondo as minhas inseguranças numa folha de papel ou numa simples canção que componho em dias frios. Desabafo com as paredes de um quarto mesmo sabendo que não obtenho nada para além do eco. Mesmo quando parece tudo abrir por entre a nuvem escrevo tudo em metáforas e não entendo a vida. Acorrentada eu estou (...) Lavadas as mágoas do passado em aguás frias, esquecendo os pesadelos que tomaram conta da minha vida e iniciando nova etapa, acorrentada eu estou (...) Porque tudo o que a vida nos dá permanece connosco até que esta nos seja tirada. É uma corrente de memórias, emoções, sorrisos, aventuras,
histórias nossas que sempre nos acompanharão !! Vivo e viverei com as minhas correntes.

29.11.10

Touching,




Da banda sonora 'City of Angels'. Uma noção de amor para todos. Perfeito equilíbrio entre melodia e letra. (*interiorizem*)

24.11.10

2+1, 21








Só mais 1.
Não me sinto maior, mais sábia nem tão pouco diferente. Sinto.me assim como quem põe mais um grão de arroz na panela a ferver. Dizem as pessoas que os jovens de hoje não sabem viver. Que os jovens de hoje arriscam o amanhã por não saber viver. Que os jovens não interpretam a vida como os antigos, como uma dádiva, logo não sabem viver...
Eu digo, balelas!!! Como generalizar uma realidade tão controversa e tão abrangente. Está certo que há quem não saiva viver. Eu vivo! E quem não se atreve a viver o que eu vivo então é porque encarnamos a vida de forma diferente (normalíssimo! I'm a litle freak *risos*). Eu ingiro o meu carvão da vida através de simples notas musicais... Faço de mim quem sou através dessa música que sai de mim. Porque afinal, se não tivesse o prazer de subir a um palco, actuar e ouvir as palmas do público, quem seria eu??? Que descrição estaria na minha lápide quando o amanhã já não existisse? Personifico todas as minhas energias em música, os meus olhos brilham música, as palavras saem da minha boca a cantar, as minhas mãos estão genéticamente preparadas para produzir som num instrumento musical. Será assim tão estranha a minha vida? Não me importa, eu vivo-a com a maior intensidade...

22.11.10

# Dia 1





São momentos como este, sentada na cama sem qualquer hipótese de ser atingida, que penso. Penso verdadeiramente de como será a vida fora da minha muralha protectora. Da minha camuflagem. Será fácil? Estarei eu vivendo pressão desnecessária aos olhos da águia imperadora da minha vida.?A ousadia anula o medo, mas o medo entranhado nunca desaparece. Ouvem-se histórias de amor, ouvem-se histórias épicas, mas nunca se ouvem as histórias verdadeiras. Eufemizadas de forma a terem categoria de cinema, nunca se expoem os pormenores reais e crueis. Por isso, aqui estou. Escrevendo a história dos meus dias, frios e nunca para além de banais, porque se não atribuirei valor à minha história, quem atribuirá??
Envolta na minha armadura batalho todos os dias para não deixar fugir o sorriso. (!)

18.11.10

Cap ou pas Cap?

Sendo uma romântica, sinto a atracção do abismo, por isso, por um breve momento de paixão esqueco por completo todas as responsabilidades. O meu maior desejo é ser consumida pelo amor, é saber que a minha alma é cúmplice.
Vivo todos os meus dias perdida na ilusão de o encontrar. A vida é um jogo de regras que mudam a cada esquina do tabuleiro. Não tem sentido.

A minha noite é longa, mas o sol nasce e todo o sentimento negro que me faz chorar dissolve-se com os primeiros raios de luz no crepúsculo. (A minha maior luta é contra mim mesma.)
No entanto, novo dia. Alvorada antecipada. O meu coração bate no ritmo normal, e nenhuma espectativa especial, apenas mais um dia. Se algo de bom me reservar para hoje, o receberei. [Não acredito em milagres na minha vida, porque também não sou merecedora de tal dádiva. Mas acredito em mudança, mudança positiva.]E hoje, apesar de um dia aparentemente banal, parece-me um bom dia para um começo, especialmente pela sua banalidade. Aguardarei então pelo sentimento de mudança que surgirá de mansinho e tentarei combater a minha impaciência e ansiedade (Desabafos de uma mente perdida.)

17.11.10

Manhã Incerta

Manhã incerta,
sem sorte, sem sina.
Simples manhã incerta.
O vento corta a face
o sol brilha na clareira
mas a manhã é incerta.
Soltam-se as palavras,
criam-se as frases,
mas a manhã é incerta.
Sinais do agouro,
sinais da tragédia
nesta manhã incerta.
Correm as águas do rio
no seu habitual sentido
mas a manhã é incerta.
Nada mais que tempo,
compassos ternários
nesta manhã incerta.

16.11.10

Carpe Diem ?

O meu sonho, é ser presente... Sem passado, sem futuro, apenas ser presente.
O meu sonho é ser um 0 para poder iniciar contagem. Marcar a partida com toda a minha essência e gritar: "HOJE"... Este é o meu momento nada mais importa. O sangue que corre nas minhas veias é meu e de mais ninguém. São as minhas memórias, são as minhas ilusões e imaginações que o forçam a circular. Sou Agora e ainda estou a desenhar o seu primeiro "a".
Quero percorrer as 5 letras da palavra com todas as forças que me restam. Porque a palavra que se segue requer mais energia da experiência. Amanhã... 6 letras e uma imensidão de descobertas..

15.11.10

Musica (da)

Fim do concerto. As pessoas descontraem lá fora, acompanhadas pelas suas conversas e risadas. Uma multidão com características muito próprias e estilos peculiares. Enquanto isso, recolho-me a um canto com os meus pensamentos. Senti-me mal lá fora, deslocada e não ligada àquelas pessoas. Momentos antes tinham sido elas meu público a quem eu oferecera toda a minha paixão em cima do palco. Ao contrário da sensação de as poder ver enquanto cantava, estar no meio delas traz-me de volta a minha insegurança temida. Tão fácil cantar, tão fácil esquecer tudo enquanto canto, tão fácil observar, imaginar imagens e memórias do passado à medida que a música me atravessa. Não sou nada sem a minha música. Penso que todas as pessoas têm algo que as caracteriza. Por vezes, até uma simples palavra as descreveria. A mim, melodia, música descreve-me na perfeição. Não me interessam as características banais. Bondosa, alegre, sorridente, porque a música é um legado de todas as palavras boas, transcritas para melodias. 100% apaixonada pelas 7 notas de um milagre..