17.2.11

Capitão Romance

"Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar.
Pelo tamanho das ondas,
Conto não voltar.
Parto rumo à primavera,
Que em meu fundo se escondeu.
Esqueço tudo do que eu sou capaz,
Hoje o mar sou eu.
Esperam-me ondas que persistem,
Nunca param de bater.
Esperam-me homens que desistem,
Antes de morrer
Por querer mais do que a vi
da
Sou a sombra do que eu sou.
E ao fim não toquei em nada,
Do que em mim tocou.

Eu vi,
Mas não agarrei.

Parto rumo à maravilha,
Rumo à dor que houver pra vir.
Se eu encontrar uma ilha,
Paro pra sentir.
E dar sentido à viagem,
Pra sentir que eu sou capaz.
Se o meu peito diz coragem,
Volto a partir em paz.

Eu vi,
Mas não agarrei."

Ornatos Violeta.

15.2.11

Apontamento 4#

Não escolhemos, simplesmente somos arrebatados pelo amor. Irreversível!
Fervilhando como bolhas de água quente, estão as células sob efeito da paixão ardente, por isso, consumida por esse sentimento luto contra a forma de ele não me apunhalar como outrora. Sou mortal e ninguém me tira essa condição. Porque enquanto respirar, todas as partículas de ar têm um propósito. Encontrar a felicidade na adversidade deste mundo!

9.2.11

9 de Fevereiro de 2011,

Por trás de todo o propósito do ser humano que respira, está o propósito de todo o homem que pratica! Que pratica em prol de algo que o fascina.
Qual o objectivo derradeiro do "respirar"? Qual a verdadeira estadia neste mundo? Quando deambulo pelas ruas frias do meu país pergunto-me como seriam as mesmas pisadas num outro lugar. Pergunto-me , como mudar o que suja este mundo! Desejo com tanta força deixar uma marca que permita um amanhã diferente, quando o oxigénio não penetrar nos meus pulmões. Tal como Fernando Pessoa diz :"O homem sonha, a obra nasce! " Palavras sábias, aparentemente utópicas mas correctas. Porque sem sonho ou ambição nada seria criado ou ultrapassado a linha da utopia.
Começo por estipular os meus ideais e em seguida transcreve-los para um idealogia formada. Mas como desenvolver uma ideia genial para marcar diferença???
Arrepiam-se todas as minhas vértebras do meu corpo mortal por temer não deixar marca.
Mas não temos nada para além da crença...

28.1.11

Apontamento 3#

Como descrever o que me rodeia? Como encontrar o verdadeiro sentido das coisas? Como cumprir um destino?
Impulsiono a força do meu interior de forma a sobreviver na adversidade. Sou dona do meu mundo, criadora das minhas acções e renegada dos meus erros. Pergunto-me constantemente qual a capacidade que rege o meu consciente e o faz sorrir mesmo quando nuvens ameaçadores pairam sobre mim. Gostava de ser poeta e saber dizer e eufemizar as realidades em verso. Porque palavras belas acarinham sempre o coração.
Mas não sei o que quero. Apenas sei o que não quero. Insatisfação crónica, médicamente falando. Eu sei que existe algo à espera de ser encontrado por mim, mas o quê?
Sempre vivi nas escadas à porta da realidade, porque acreditei na imperfeição do amor. Só o amor incompleto pode ser romântico, porque a busca do ingrediente que falta, mantêm a chama acesa.
Estou viva e à espera do sentido. "There's a purpuse behind all things." Decifrando-o, teremos as respostas às questões. Não existe uma só verdade no mundo! Existem sonhos contornados, objectivos mudados, desvios no caminho a percorrer. Porque o que está certo emerge do interior e tem força própria!

27.1.11

Alice Coelho

Por todos os prados verdes da vida,
vestida de branco, cor de margarida,
contigo a meu lado eu sorrio, avó!

Por todas as estradas escuras da vida,
onde a luz nos corações escasseia,
tu me iluminas avó!

Por todas as melodias de infância,
memórias que guardo sempre comigo,
eu te admiro, avó!

Por todos os momentos,
acompanhados pela tua terna figura,
eu te adoro, avó!


27 de Janeiro, Parabéns avó Alice.

25.1.11

Apontamento 2#



Se daqui a uns anos, o meu nome não constar na lista telefónica é porque consegui! A prova de esta minha utopia transformada em realização pessoal! Que a minha simples alma mortal, o meu simples espectro carnal teria dado fruto, e a minha presença neste mundo tão mundano teria deixado marca. Se daqui a uns anos, o meu nome não constar na lista telefónica, é por os meus pés estão pisando outras terras.Enfeitiçada pelas minhas raizes, estarei fazendo algo pela minha existência, estarei fazendo algo que permite as crianças de hoje sorrir num amanhã. Com a harpa a meu lado, vestindo um sari indiano, darei a todas elas o que mais me fascina. A minha música. E com ela, a educação! Porque a música está em todo o lado e tudo o que temos a fazer é ouvi-la! Como presente a essas crianças, uma educação musicada.

A minha morada, Índia.

13.1.11

Last Hope


Million voices screaming,
Waiting God to fix it.
Consequences of the world we kill.
All the warning signs,
That mother nature show’s us
Blind Humanity, doesn’t care what’s left.

(Refrão)
When the strength is getting down
We pray our last hope
With open hands to take the faith.
Children crying for someone
People searching for a home
There’s a picture of today (we live).

Dying faces everyday,
In places we don’t know the name
“Catastrophe” is a key word for all the help.
There’s an open door,
To believe in a better day
Clean your hands and make it Ok.

You can try the best to make what’s right,
Open your eyes.
Love, you can give love,
Just believe in your last hope.
Your last Hope...
A minha forma de expressão. Escrevia e interpretei-a... Ainda hoje sinto a nostalgia com o seu ambiente! Hope for Haiti.